O agronegócio, o vírus chinês e o meio ambiente

Publicado em 24/07/2020 16h22 - Atualizado há 4 anos - de leitura

A manifestação “Queremos trabalhar!”, pela flexibilização do decreto do prefeito Marchezan para conter o vírus chinês, não destoa das manifestações país afora. A pandemia da Covid-19 está matando pessoas e economias. Na economia, salvo os serviços essenciais, os governadores só não interferiram no agronegócio. Também é importante referir que Bolsonaro já havia dado um basta no inimigo do setor: o MST. A lamentar, persistem queimadas na Amazônia com dimensões supervalorizadas pela mídia adversa, por adeptos do quanto pior, melhor, e por países temerosos da concorrência no setor. A bem da verdade, o grande aliado na redução de impactos climáticos vem do próprio setor mais atacado por pregoeiros da terra arrasada: o campo. A propósito, denso relatório do Min. da Agricultura sobre agricultura, pecuária, áreas indígenas e de preservação esclarece que: a) a agricultura ocupa 9% do território; b) a pecuária, 21%; c) as áreas indígenas, 14%; d) as reservas ambientais, 13%; e) as terras devolutas,19%; f) as áreas preservadas pelos proprietários, 20%.  O agronegócio, mesmo em tempo de economia paralisada, alimenta o país e parte do mundo. No Brasil, ao contrário de acusações interesseiras, produzir e preservar a natureza interagem.

O relatório do MAPA mostra, ainda, o milagre da produtividade brasileira: nos últimos 40 anos, a produção agrícola cresceu 385%, enquanto a área plantada avançou apenas 32%. Esse desempenho teve vários atores, mas um foi decisivo à preservação do meio ambiente e ao avanço tecnológico do agronegócio: a criação da Embrapa pelo presidente Ernesto Geisel, a qual, no momento, tem 41 centros de pesquisas e é dotada de técnicos qualificados, inclusive PHDs. Ainda sobre as diferentes ocupações do território, constata-se que as áreas indígenas somam cinco pontos percentuais a mais que toda a área destinada à agricultura; as reservas ambientais somam 24 pontos percentuais a mais que a área ocupada pela agricultura. Somadas só as áreas indígenas e reservas, 47% do território nacional é preservado. Já, países que destruíram suas reservas, cobram-nos mais proteção. No Brasil, impõe-se que índios e brancos não destruam o que lhes pertence e, mais do que a eles, pertence às futuras gerações. Laércio Dalla Vecchia (PR) colheu 118 sacas de soja por hectare. Diz ser possível duplicar a produtividade no mesmo espaço, fertilizando, protegendo e enriquecendo a terra.

Sobre as queimadas na Amazônia, ninguém conseguiu impedi-las. No entanto, no passado, essa (má) notícia não tinha a repercussão de hoje porque o ativismo ecológico era amorfo, a oposição não era raivosa e o Brasil não era páreo para a Europa. Só para lembrar, em junho de 2004 foram 9.179 queimadas contra 2.248 no mesmo mês em 2020. Mas, para a mídia, junho/2020 foi uma tragédia completa. No entanto, mesmo com 6.931 queimadas a menos, hoje, o governo não está eximido de mais cuidar das florestas. A nomeação do general Mourão para coordenar o Conselho da Amazônia, criado por FHC sem ter saído do papel, é um passo à frente; a proibição das queimadas por 120 dias, também, embora não seja garantia de estancar a sangria, porque, para quem atua na clandestinidade (madeireiros e grileiros), leis e decretos são burlados ou ignorados.

As pessoas se “alimentam” do que leem e ouvem (ex: notícia reiterada de mortes pela Covid-19 gera neurose). Quem lê o biógrafo de Fidel, aplaude Cuba; quem lê o biógrafo de Pinochet, aplaude regime militar chileno; quem lê o Macron (França), execra o Brasil. Cada um com sua conclusão, mas uma é inegável: na recessão da Dilma, o agronegócio segurou o PIB e as contas externas; agora, na Covid-19, evita o abismo. O Brasil tem terra, clima, tecnologia e produtores comprometidos com o agronegócio e a natureza. O governo faz a sua parte: para a safra 2020, disponibilizou R$ 236,3 bilhões, 25% a mais que em 2019, a juros baixíssimos, sendo R$ 194 bilhões só para a agricultura familiar.

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