Proteção aos pequenos animais

Publicado em 10/10/2020 19h26 - Atualizado há 3 anos - de leitura

É direito/dever do eleitor acompanhar as ações executivas dos prefeitos, governadores e presidentes da República, tenham ou não sido eleitos com o seu voto. Eu, pelo menos, sempre me interessei por todos os administradores públicos, mas parece que o interesse - ou seria torcida! - aumenta quando o chefe do Executivo é a pessoa em quem votamos. Sob essa ótica, miro dois ex-presidentes: 1) Fernando Collor, para quem coordenei na Região sua campanha a presidente da República; e 2) Fernando Henrique Cardoso, outro em quem também votei. Com ambos, as minhas decepções. O primeiro, no 1º dia de mandato congelou os depósitos bancários. Uma medida antipática, embora todos, mais tarde, tenham levantado os valores apreendidos; o segundo, no curso de seu mandato ter mudado, casuisticamente, as regras do jogo para se reeleger.

  Passadas décadas, Collor, senador, e FHC, gozando os privilégios de ex-presidente, se dizem arrependidos - porém, com a devida permissão, com jeito de Madalena arrependida. Isso não quer dizer que seus mandatos sejam marcados só por fracassos. Em abono aos dois, um exemplo de cada um: 1) Collor acabou com a reserva de mercado da informática, pondo fim a um atraso tecnológico de 20 anos no setor; 2) FHC criou a Lei de Responsabilidade Fiscal, o mais importante Diploma legal sobre limite de gastos dos gestores públicos. Em síntese, um código de conduta. Já, na comparação entre ambos, é obrigatório reconhecer que o confisco do Color causou prejuízo temporário, mas a mudança (CF) implantada por FHC é uma erva daninha na vida política do país. A propósito, quanto tempo o político eleito dedica à sua reeleição? 

Faço essas observações para ancorar em um caso coberto pela poeira do tempo, mas hoje em voga, ocorrido no governo Collor. Seu ministro do Trabalho, Antônio Rogério Magri, certa feita, pego levando seu cachorro a uma clínica veterinária em carro oficial, se defendeu: “cachorro também é gente”. A frase-pensamento do então ministro foi motivo de chacota e tema de programa de humor. O que agravou seu discurso é que as famílias, na época, não tinham colocado cachorrinhos e gatos para dentro de casa, e o nível de tratamento igualitário entre filhos e bichinhos, como é hoje, não era regra.

De lá para cá, as prioridades domésticas mudaram. Segundo o IBGE, no Brasil as famílias têm mais cães e gatos do que crianças em seus lares. Uma das consequências dessa transformação, é o crescimento dos pets. É um serviço e, ao mesmo tempo, um mercado que cresceu para atender a uma população de cães e gatos que aumenta a cada dia. Em 2018, só de cães o Brasil tinha 54,2 milhões. Hoje, embora sem dados oficiais, é muito mais. De olho nesse mercado e no bem-estar dos bichinhos (cães, gatos, aves, répteis etc), o senador gaúcho Luís Carlos Heinze (Progressista) apresentou projeto (PL 6.590/2019) criando o marco regulatório dos animais de estimação, além de reconhecer a importância dos mesmos na relação com o ser humano.

Como se vê, Magri fez seguidores. Além do PL Heinze, na 3ª-feira (29) Bolsonaro sancionou projeto do deputado Fred Costa (Patriota) que prevê punição mais severa a quem maltratar cães e gatos. O presidente, ao sancionar a lei, abraçado a um cão - vira-lata, pareceu -, disse: “se você não quer tratar com carinho, ... não o tenha ...” Mas nem sempre foi assim. Valdick Soriano, compositor, em um verso de uma das suas canções, diz: “Eu não sou cachorro, não/Pra viver tão humilhado//Eu não sou cachorro, não/Para ser tão desprezado”. Quer dizer, não aceitava ser tratado pelas mulheres como cachorro. Sucesso nacional, era contestado por ser brega, mas não pela comparação.

Outrossim, mitos ainda rondam os animais: 1) que o convívio entre cães e gatos no mesmo ambiente é impossível; 2) que o cão é amigo do homem, o gato, amigo da casa. Por outra, se sabe que o contato do cão ou gato com pessoa libera o hormônio do amor.

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