Blog Voice, por Eunice Arsand
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A indefinível angústia

Publicado em 09/04/2020 11h03 - Atualizado há 4 anos - de leitura

A Psicóloga Tereza Guberovich é sempre uma referência nos seus textos e posicionamentos em vários temas. Hoje ela nos presenteia com esta reflexão sobre o momento em que estamos vivendo. Confira o texto!

O momento em que estamos vivendo, onde somos tomados pela dúvida em relação ao coronavirus, nos sentimos desamparados, nossos medos mais infantis afloram. Necessitamos na urgência da nossa angústia nomear figuras de proteção para acalmar nosso desamparo frente a um inimigo sem forma.
Esperamos que “alguém” faça algo para nos dar segurança, para acalmar nosso medo. Nossos afetos se adiantam e ficamos angustiados frente as incertezas da vida. Ao encarar essa dura realidade de frente algumas pessoas podem se sentir mais desamparadas do que seria razoável. Nosso estado emocional que vai delinear como vamos nos sentir para enfrentar a realidade. Quando estamos vindo de uma trajetória de vida onde alguns assuntos estão mal resolvidos, onde estamos passando por um quadro depressivo, de ansiedade, ou algo da nossa vida não vai bem, temos a tendência de sermos tomados por uma angustia maior, algumas vezes incapacitante, que pode afetar todos os âmbitos da nossa vida. Quando o sofrimento toma conta é necessário buscar auxilio. Nesse sentido que podemos refletir um pouco sobre como está a nossa vida e devemos separar o que é nosso do que é do outro. O que vem de fora não deveria se confundir com o que vem de dentro.
O descompasso entre o que é político, e o que é cientifico permite que quem assiste de forma passiva a tudo que vem em tempo real pela rapidez da comunicação, se sinta mais desamparado do que normalmente ficaria se conseguisse formar uma opinião sensata a respeito de tudo que vê e ouve. Neste momento devemos ficar atentos aos que vão querer se aproveitar do temor que o vírus provoca nas pessoas. E a discussão sobre o que é mais desesperador: morrer de fome ou da doença, só aumenta a angustia dos dois lados. É certo que termos a liberdade condicionada a fatores externos nos coloca no mesmo barco onde cada um precisa colaborar para que todos se sintam no mínimo confortáveis. O nosso medo deve transformar a nossa realidade só ao ponto de nos proteger. Não subestime nem superestime a realidade.
Aceite que o perigo é real, mas procure encontrar na sua história de vida o que lhe acalma e o que é possível realizar. Tereza Guberovic Psicóloga

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