O advogado Eliseu Holz, de 70 anos, e sua esposa, idealizaram o projeto diferenciado há cerca de três anos. “Há uma diferença entre turista e viajante. Me considero um viajante mochileiro, que só planeja o dia de ir e de voltar. O que fazer lá é o momento que dirá”, comentou. O mochileiro, pela conceituação, dá ênfase para o conhecimento.

O casal já visitou Porto Vera Cruz, Ubiretama, São José do Inhacorá, Braga, São Valério do Sul, 7 de Setembro, 16 de Novembro, entre outras. “Iniciamos fotografando casas, prédios e paisagens de destaque nos locais programados. Depois conversamos com as pessoas e extraímos as mais variadas curiosidades sobre o município, que espontaneamente vão falando”, explicou.

Em Braga, na Região Celeiro, vários carros com uma faixa contendo os dizeres “Juca, mazá galo veio!” chamou a atenção de Eliseu. “Fui conferir e fiquei sabendo que o Juca trata-se de uma pessoa simples e popular na cidade, de bem com a vida. As pessoas criaram o adesivo para estimulá-lo a concorrer a vereador”, relatou.

Existem também as discrepâncias. Em São José do Inhacorá, por exemplo, o nível de escolaridade é de 99,4. Segundo ele, existem outros municípios onde a renda per capita é alta, mas o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é baixo.

Eliseu diz que nunca se esquece de saber os motivos que justificam o nome de cada cidade. “Um comerciante chamado Manoel Braga se instalou numa confluência de dois rios, que se transformou numa referência. Ao serem perguntados onde moravam, as pessoas diziam ‘lá perto do Braga’. É a origem do município de Braga”, citou.

Contou que cada roteiro concentra um investimento que varia entre R$ 80,00 a R$ 100,00.