A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), divulgou nesta quinta-feira (20), o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) de fevereiro. Ele cresceu 0,4 ponto em relação a janeiro, atingindo 66,9. A confiança no período chegou ao maior nível desde janeiro de 2019, quando foi de 67,1, 13,4 pontos acima da média histórica de 53,5, e somente 0,8 abaixo do recorde de abril de 2010 (67,7).

A expansão é explicada pelas expectativas para os próximos seis meses, cujo índice subiu pela quinta vez seguida e atingiu 70,3 pontos, 0,7 acima de janeiro. “Apesar dos indicadores de atividade do setor mostrarem declínio nos últimos meses, há confiança entre os empresários gaúchos, não apenas pela percepção de melhora nas expectativas futuras, mas também nas condições atuais”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

O ICEI-RS varia de zero a 100 pontos e acima de 50 mostra que os empresários estão confiantes. É composto por índices que avaliam as condições atuais e as expectativas em relação à economia brasileira e à empresa. O resultado de fevereiro indica que o otimismo está disseminado, tanto com relação ao desempenho futuro da economia brasileira (69,5 pontos) quanto ao da própria empresa (70,6 pontos).

Já o Índice de Condições Atuais, depois de três altas seguidas, recuou 0,2 ponto em fevereiro, alcançando 60,2. Apesar da queda, por continuar acima dos 50 pontos mostrou que estas condições estão melhorando, segundo avaliação dos empresários consultados. O Índice de Condições da Economia Brasileira atingiu 62,8 pontos (63,5 em janeiro) e o de Condições das Empresas, 58,8 (59 no primeiro mês do ano).
Segundo o presidente da FIERGS, o otimismo do setor se dá especialmente pelo comprometimento do governo com o ajuste fiscal e com as reformas estruturais. Também os juros menores, com inflação controlada e o aumento da demanda interna são fatores a justificar esse quadro.

A alta confiança sinaliza crescimento da indústria gaúcha nos próximos meses. Entre os representantes de 183 empresas pesquisadas, o otimismo com a economia brasileira é disseminado: 76% dos empreendedores. A proporção de pessimistas é quase nula (0,5%). A parcela que não espera mudanças é de 23,5%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 12 de fevereiro, com 34 empresas pequenas, 60 médias e 89 grandes. O resultado completo, bem como a série histórica e a metodologia você encontra no site da FIERGS.