Política

Denunciante do encontro do PP é presidente do PRTB

Vitor Vinícius Villar diz que foi até o Piquete Parceria na quarta-feira à noite (27) na condição de cidadão.

Publicado em 29/05/2020 10h32 - Atualizado há 4 anos - de leitura
Vitor Vinícius Villar respondeu a questionamentos na Rádio Noroeste /Foto: JN

O Progressistas (PP) realizou na quarta-feira um encontro político com cerca de 60 pessoas nas dependências do Piquete Parceria. O evento ganhou as redes sociais através de postagem feita pelo acadêmico de Direito Vitor Vinícius Villa, 22 anos. Ele é presidente do PRTB, partido que articula a pré-candidatura majoritária do Sargento Bürkle.

Ele veio à Rádio Noroeste na manhã desta sexta-feira (29) para responder perguntas. A primeira foi sobre por quais motivos ele alterou a primeira denúncia publicada no seu face que denunciava a presença do prefeito Alcides Vicini num jantar sem máscara, para depois anunciar que se tratava de um encontro político do PP.

Nos dois viés, ele manteve a acusação de que o evento contraria a o Decreto Municipal de Calamidade Pública, que proíbe aglomerações (o que já foi contestado por Joel Faccin, do PP, assegurando que a lei permite encontros com as devidas precauções).

Começou dizendo que a denúncia não tem nada a ver com o Piquete Parceria, mas, sim, com o evento. Assumiu a autoria das filmagens, mas disse que as fotos foram feitas por outras pessoas.

Falou que foi acionado por uma pessoa a comparecer no local, sem citar nomes. Ele estava acompanhado de mais três “umas com vinculação partidária, outra não”, sem citar nomes. “Fui como cidadão (mesmo sendo presidente do PRTB), porque a lei não permite aglomerações, o que realmente ocorreu no local”, frisou. Acompanhou o encontro a uma distância de 30 metros. 

Você denunciou inicialmente ter ocorrido um jantar. Você viu as pessoas jantando? “Vi fogo e pessoas preparando algo. A questão não é se houve jantar ou não, mas sim a realização de um encontro que avalio como descaso com a população”, respondeu.

Você foi ao local na condição de presidente do PRTB? “Fui na condição de cidadão. Não sabia que tipo de encontro e ao chegar lá vimos o prefeito e assessores, o que nos levou a filmar”.

Você denunciou a presença de 150 pessoas. Contou o número? “Havia no local cerca de 50 carros estacionados. Se pegarmos uma pessoa e meia por carro, já dão 75. Não importa a precisão do número de pessoas, mas sim a aglomeração promovida. Citei 150, número aproximado de CCs e FGs no governo”. O PP rebateu dizendo que estavam presentes 57 lideranças do partido.

Por que você alterou tua publicação inicial no face? “Retirei poucas coisas, como a citação de um partido (no caso, o PT e Orlando), a pedido deles, citados nos discursos do encontro. A foto que eu retirei era de um Cruze, que me falaram pertencer a um cidadão. Não queria represálias a ele, meu intuito não era de pessoalizar, mas sim denunciar aglomeração com a presença do prefeito da cidade”. Sobre a não existência do jantar, indica que, talvez, com o fato de alguém estar filmando e tirando fotos, levou os promotores a suspendê-lo para não causar mais problemas. “Mas tinha fogo na churrasqueira e gente preparando algo”, insistiu.

Você denunciou que o prefeito Vicini compareceu ao local com o carro oficial e o motorista. Mantém a denúncia? “Eu denunciei que tinha carros com motoristas, que aguardavam lá fora. Pode ter havido um erro de comunicação de pessoas, ao ver a foto de um Cruze, ter falado que seria o veículo oficial. Tanto é que quando me perguntaram se era o carro oficial, respondia ‘ainda não sei’”. Disse que quando constatou não ser o carro em questão, retirou a foto.

O Cruze claramente não tinha placa branca. Por que postou a foto? “Eu não falei que era o carro do gabinete. Se era branca ou não, não dava para sabermos, porque estávamos na escuridão da noite”.

Concorda que politicamente tua denúncia atingiu a imagem do PP e do prefeito? “Pode até ter ocorrido, até porque já me ameaçaram de processo. Fiz a minha parte de mostrar à população minha indignação diante da aglomeração. Tem gente perguntando se podem retornar os bailões, ou não. Cabe ao prefeito responder”.

Já existem contestações de que algumas fotos foram resultados de montagens. Admite? “Com certeza, não. Tenho mais de 50 fotos no arquivo, não foram nem clareadas. Vamos deixá-las salvas. Eles falaram em me denunciar. Se isso ocorrer, vamos mostrar todas, inclusive de pessoas entrando e saindo sem máscaras no local”.

Já presidiu reuniões de grupos do PRTB? Todos com máscaras? “Sim, reuniões com 8 a 10 pessoas, mas antes da pandemia estourar”.

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