Não, não vou comentar os sigilos de cem anos. É uma vergonha, todos sabemos. Mas é outra história.

O que quero comentar, na verdade, é o livro mais importante já publicado nas Américas. A primeira edição do livro do Gabriel Garcia Márquez saiu em 1967, em Buenos Aires. De lá para cá, “Cem anos de solidão” tornou-se o livro mais lido (e mais vendido) em muitos países. Os cálculos não são precisos, mas dizem que já se aproxima da marca de 100 milhões de exemplares vendidos no mundo todo.

A história de três gerações da família colombiana dos Buendia fascina os leitores e rendeu ao autor o prêmio Nobel de Literatura. É um daqueles livros eternos, como o Dom Quixote. Daqueles livros que, se não os lemos, nos sentimos incompletos. Aliás, acho que uma pessoa que não leu “Cem anos de solidão” tem mesmo uma dívida consigo mesma.

Fica, pois, a sugestão. Uma leitura magnífica para o verão se que aproxima.

Já que estamos no terreno das sugestões de leitura, aí vai mais uma. O livro “Torto Arado”, escrito pelo baiano Itamar Vieira Júnior, não apenas está arrebatando todos os prêmios literários deste ano como tornou-se o livro brasileiro mais vendido. Tem uma história envolvente e é muito bem escrito. O sucesso da obra é surpreendente e é uma espécie de revitalização da nossa literatura.

Boas leituras, pois.

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Mudando de assunto. Foi assinado o contrato de construção da ponte em Porto Xavier. Será a terceira ponta sobre o Uruguai ligando o Rio Grande com a Argentina. O prazo previsto para a conclusão é de trinta meses. Assim tão rápido? Atualmente, o fluxo de caminhões de comércio internacional já é intenso por lá, mesmo sendo feito via balsa. No futuro, será multiplicado.

Os moradores de Porto Xavier comemoram, mas já surgem os co­mentários que sempre ouvimos em São Borja, que tem ponte há muitos anos. Qual o real desenvolvimento para o município, além dos serviços aduaneiros? A questão é polêmica, pois muitos consideram que a ponte é uma “passagem”, e não transforma de fato a realidade econômica. É uma boa polêmica para os próximos anos...

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Enquanto isso, na vizinha cidade de Santo Ângelo há um clima de euforia por conta do aeroporto, que recebeu melhorias e já disponibiliza voos para Porto Alegre e São Paulo. Durante o verão também terá voos para Florianópolis.

A comemoração dos santo-angelenses se justifica. Tudo isto consolida o aeroporto regional, cujo movimento vem aumentando. No caso, a nova realidade sepulta — ou, ao menos, adia — os planos de um aeroporto regional em Santa Rosa. O fato é que os usuários estão contentes com o que acontece por lá. Há uma opinião generalizada de que o aeroporto cumpre bem o papel de atender uma vasta região.

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Nesta eleição intensificaram-se os casos de “assédio eleitoral”, e a imprensa tem tratado do assunto. É quando o patrão tenta coagir o seu empregado a votar num determinado candidato, mediante ameaça e constrangimento. Alguns casos lamentáveis já pipocaram aqui na região Noroeste. Reproduzem, pois, o velho e arcaico coronelismo. É crime.

Aqui na região, para denunciar crimes deste tipo, o telefone é o 99162- 8815 ou o próprio site do Ministério Público do Trabalho, unidade de Santo Ângelo.