Historinhas politiqueiras

Publicado em 30/09/2022 17h47 - Atualizado há 2 anos - de leitura

 Na semana de eleição, algumas histórias da política.

Como a do bravo Geraldo, que tocava em frente sua campa­nha a vereador e paralelamente alimentava um namoro com Dorinha, recentemente conhecida, o que já incluía promessa de casamento. Ela seria uma eterna apoiadora de seus projetos políticos. No caso, uma “caba” eleitoral, até porque Geraldo nunca se deu bem com a língua portuguesa.

Pois quando deu carona para a namorada até à casa dela é que os planos tomaram outro rumo. Ao avistar a casa, Geraldo levou um choque. A moradia estava bordada de cartazes, bandei­ras e faixas do candidato municipal de oposição! Geraldo parou o carro só na outra esquina, e explicou para a confusa Dorinha:

“Melhor não aquecer este nosso fogo por enquanto. Passado o pleito, vamos fazer uma conferência, eu, tu e o teu pai. Se não der coligação, o melhor é tu esquecer para sempre este candidato ao teu coração”.

Largou a namorada na calçada e se mandou.

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Já o Antenor, com certa idade e meio adoentado, decidiu sonhar com um cargo eletivo, apesar dos protestos da mulher, dos filhos e dos netos. Enfrentou o período eleitoral bravamente, entre comícios e visitas ao médico. Na manhã da votação, muito emocionado, acordou cedo, tomou um café com salame, torresmo e melado e caiu sobre a mesa da cozinha, mortinho da silva. Nas urnas, recebeu 14 votos. No velório, a tristonha viúva comentava:

“Veja só. Um defunto tão bonitinho, e só 14 votos. Esse povo é ingrato mesmo!”

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Entre os candidatos à vereança, um se chamava João Car­los e o outro José Carnutto. O problema é que os dois eram conhecidos pelo apelido “Joca”, e não demorou para que essa coincidência causasse confusão.

Aconteceu com Dona Nadice, que tinha três filhas namora­deiras e era famosa por vigiar as gurias e falar mal dos preten­dentes. De modo que as meninas já tinham namorado muita gente, mas continuavam solteiras. Até que alguém bateu à porta e uma delas anunciou: “Mãe, o Joca está aí querendo falar com a senhora e entregar o santinho”.

O pobre candidato foi recebido a vassouradas. Dona Nadice interrompeu a faxina matinal e atacou o coitado com fúria, dizendo que a honra de suas meninas deveria ser defendida a cacetadas. Aos gritos, o apavorado candidato tentava explicar: “Eu sou o filho da dona Ana! O Joca que anda namorando suas filhas é o filho da dona Matilde, que mora perto da igreja!”

Foi aí que ela entendeu a confusão. Chegou até a pedir des­culpas, mas deixou claro que manteria a vigilância sobre as gurias. Esfolado e com escoriações nos braços e na cabeça, o candidato foi embora. Esqueceu até de deixar o santinho...

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Zeca Noronha, vulgo “Serpente”, era conhecido de longa data pela sua habilidade em espalhar fofocas pelas esquinas da cida­de. Ele próprio jurava que suas fofocas já tinham terminado com quatro casamentos, acabado com a reputação de dois vigários, e destruído dois clubes de mães. Veneno pouco é bobagem, dizia. Na eleição municipal, foi procurar um candidato a prefeito para ser cabo eleitoral. E foi logo esclarecendo:

“Trabalhar, mesmo, eu não quero, entende? Mas já recebi proposta do seu opositor para espalhar umas histórias por aí...”

Foi contratado na hora.

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