Os 200 anos da Independência ainda ecoam

Publicado em 18/09/2022 22h20 - Atualizado há 2 semanas - de leitura

Com alguns dias de atraso, falo sobre as comemorações do Bicentenário da nossa Independência, destacando suas duas grandes marcas dia 7/9: de um lado, o orgulho dos brasileiros, de outro, a solidariedade a Bolsonaro. O mar de gente que se acotovelou em diferentes logradouros públicos deixou atônitos PT, PCdoB, PSOL e outros afins, tanto que foram à Justiça Eleitoral proibir a exibição de suas imagens. O tom foi dado pelo povo. O presidente apenas repetiu FHC, Lula, Dilma e Temer. A diferença é que, no Bicentenário, o público foi muito superior àquele que, em outros feriados da Independência, aplaudiu os três ex-presidentes quando candidatos à reeleição. Outrossim, não dá para separar o presidente do candidato à reeleição. Na raiz de tudo está o instituto da reeleição, que as pessoas que agora condenam ajudaram a criar. Quer dizer, estão provando do próprio veneno. Eu, não. Sempre fui contra - assim como em relação às emendas parlamentares, que também geram desequilíbrio de forças.

Superada essa questão (mistura de comemoração com campanha eleitoral), é justo destacar que as manifestações do dia 7 foram ordeiras e democráticas. Ordeiras porque, embora as multidões reunidas, nenhum incidente foi registrado. Democráticas porque partiram do povo, que é de onde vem o poder. Faço o registro porque, de parte das oposições ao governo, houve alertas sobre o risco iminente de violência, sugerindo convocar atiradores (snipers), esquadrões antibomba, triplicação do policiamento etc. Alerta sincero? Não. Disseminação de pânico para que as pessoas ficassem em casa. Aliás, um velho truque autoritário que só não percebem os desatentos.

Vamos combinar: o mundo ficou impressionado com a multidão nas ruas dia 7. Tanta gente eu não tinha visto. Ao menos não me lembro de um líder recente, daqui ou de outro país, com tanta capacidade de mobilização quanto Bolsonaro. Guardadas as proporções (proporções porque foi a nível estadual), aceitação próxima à do dia 7 de um candidato só vi uma vez, quando nem votava: em 1958, na eleição para governador do RS, eleito o Brizola. Era uma loucura. O povo seria capaz de atravessar o rio Santa Rosa a nado em plena cheia para ver o candidato do PTB. Para votar, também.

Passado o dia das manifestações em comento, acompanhei a reação de Globo, Folha de SP, ZH, CNN etc. O que mais repercutiram foram ataques à mistura de festa cívica e eleição. Sem poder negar o óbvio, condenaram o presidente pelo uso eleitoral da data. Ora, o Bicentenário foi a exaltação das cores da Pátria (verde e amarelo), ao contrário do menosprezo manifestado pela cantora Bebel Gilberto pela nossa bandeira ao pisoteá-la em show. A propósito, Aldo Rabelo, ministro de Lula e Dilma - PCdoB, hoje no PDT, questionado sobre o que achava do bolsonarismo se apropriar da bandeira nacional, disse que as pessoas de esquerda jogaram nossa bandeira no chão, adotaram a bandeira vermelha, e isso foi a oportunidade para que os seguidores de Bolsonaro erguessem a bandeira nacional.

No dia 8, no RJ, Lula atacou as comemorações do dia anterior, comparando-as com reunião do grupo Ku Klux Klan - seita racista que defendia a supremacia branca. Portanto, para o ex-presidente, quem homenageou a Pátria e/ou Bolsonaro seria racista. Para Rosane de Oliveira - jornalista (ZH) que mais se destaca pelo contraponto a Bolsonaro do que por conhecimento, “Lula cometeu um erro”. Não, Rosane! Lula, foi muito além do erro.

Verdade é que o ex-presidente se autorizou a dizer o que quer, inclusive que as ações penais contra ele foram perseguição do juiz Moro - sendo certo, no entanto, que foi condenado em todos os feitos por 9 magistrados em 3 instâncias, anulados, porém, sem análise do mérito, pelo STF - sob a alegação de incompetência do foro de Curitiba.

Com isso, provas de corrupção à mancheia foram parar no lixo. Outrossim, só para os investidores americanos, que foram à Justiça, a quadrilha do Petrolão custou ao Brasil (acordo que a Petrobras está pagando) US$ 2,95 bilhões.

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